segunda-feira, 9 de março de 2009

Arcebispo excomungo envolvidor no aborto da menina de 9 anos em PE

Por: Marcus Lacerda (Brasil)

Na quarta-feira o arcebispo de Recife e Olinda José Cardoso Sobrinho excomungou a mãe, os medicos e outras pessoas que estavam envolvidas no aborto legal da menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos após ter sofrido abuso sexual do padrasto. A menina ainda, que ainda está internada numa maternidade publica em Recife, começou o aborto na terça-feira recebendo medicamentos e só na manhã desta quarta-feira que foi concretizado o aborto. Para o arcebispo o aborto foi ilegal segundo as leis de Deus.

- A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos iegisladores humanos, é contraria ã lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor - disse.

A equipe médica afirmou que a saúde da menina prevale nessa hora. Ela não está com o corpo 100% preparado para receber uma criança por isso foi feito o aborto.

- Se a gravidez continuasse, o dano seria pior, podendo levar a uma gravidez de alto risco. O risco existiria até de morte ou de uma sequela definitive de não poder mais engravidar - afirma o medico Olímpio Moraes.

A lei humana permite o aborto caso a pessoa esteva grávida devido a um estrupo e/ou a gravidez seja de risco de vida. Segundo os médicos lembram que a menina se enquadra nas duas situações.

- Há duas indicações legais da lei. Ela está incluída nos dois e, como medico, a gente não pode deixar que uma menina de 9 anos seja submetida a sofrimento e até pagar com a própria vida - rebate o medico.

O arcebispo logo que descobriu que o aborto havia sido feito não perduou. Para dom José Cardoso Sobrinho aconteceu um crime e um ato inaceitável para a doutrina Católica. De imediato ele excomungou os envolvidos no aborto, com exceção da criança e do padrasto que ele considerou que foi um crime mais brando do que o aborto.

- Para incorrer nessa penalidade ecclesiastica, é preciso maioridade. A Igreja, entào, é muito benévola, quer dizer, sobretudo, com as pessoas de menos. Agora os adultos, quem aprovou, quem realizou esse aborto, incorreu na excomunhào. A Igreja nào costuma comunicar isso. Agora, a gente espera que esse pessoa, em momentos de reflexão, não espera a hora da morte para se arrependar - declarou.

Entidades de defesa da mulher, da criança e do adolescente não concordam com a desição do arcebispo, segundo uma educadora do SOS Corpo, Carla Batista certas organizações não levam em consideração a vida da menina.

Para o teólogo e ex-professor da PUC-SP João Batistiole avaliou a decisão da igreja.

- É uma posição dura, dífil de entender. Uma posição institucional. A Igreja perde um pouco da credibilidade perante seus fieis – comenta.

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