domingo, 5 de abril de 2009

Reestruturação administrativa no Senado faz com que primeiro secretario corte 50 cargos.

Kamilla Mariano (Brasil)

O mês de março foi marcado por denúncias no Senado brasileiro. Desde que o presidente do Senado, José Sarney assumiu o cargo, as acusações começaram. O primeiro envolvido foi o na época diretor-geral Agaciel Maia, que largou o cargo após ter escondido da declaração de bens, uma mansão avaliada em 5 milhões de reais em Brasília. Outra foi que o Senado pagou horas extras a funcionários em janeiro, mês que eles não teriam trabalhado mesmo o pagamento sendo considerado legal, os senadores devolverão o dinheiro.
Todavia, o caso com maior repercussão foi dos diretores remunerados e em uma sessão e publicado no diario oficial do Senado, o primeiro secretario Heráclito Fortes (DEM-PI) assinou o corte de 50 cargos com a demissão da função ocupada pelo servidor. Com o “escândalo” muitos senadores foram contra e chegaram a se pronunciar “não ganham muito” como foi dito pelo senador Jéferson Praia (PDT-AM), alegando que o salário não é alto. Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) debateu sobre as funções dos diretores “Existem diretores efetivos e os diretores de fantasia, que não têm função específica nem estrutura administrativa em volta” retrucou o primeiro secretario.
O Senado constatou que há 181 diretores com cargos desconhecidos, como é o caso de diretor de garagem. Ao analisar contas, percebeu que alguns senadores têm mais de um cargo de direção “É incompreensível que o Senado Federal tenha uma estrutura tão pesada, com tantos diretores, seguramente não são necessários” como foi afirmado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Com isso, Sarney, pretende reduzir os cargos.
A Casa fez um acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para a reestruturação “Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim numa reestruturação profunda da administração da Casa” como informou o senador do Amapá. Com essa “limpa” serão mantidos apenas cargos que tenha uma necessidade real “O que for essencial nós vamos deixar e o restante vamos cortar. Esperamos chegar a 50% de redução” acrescentou José Sarney.
Heráclito Fortes ordenou a provisão dos classificados no concurso público promovido pelo Senado, para a área de comunicação social. Esse fato tem ligação com a diminuição da estrutura terceirizada, porém não diz sobre a troca automática. Logo após será a vez dos concursados de outras áreas terem a sua nomeação.

Saiba Mais:
Enquete:
Em sua opinião os senadores devem ser julgados como cidadãos comuns quando comprovado desvio de dinheiro público? Vote:
( ) Sim, pois eles roubaram e devem pagar como qualquer um.
( ) Não, pois eles são pessoas públicas e devem ser julgadas especialmente.
Fórum:
O senado irá economizar cerca de 1 milhão de reais com o fim das diretorias. Onde você acha que o governo deve investir esse dinheiro? Opine aqui:

Crise no Senado aumenta com escândalo sobre diretores

Por: Filippe Gonçalves (Brasil)

O Senado não consegue viver longe dos escândalos. Depois da acusação que mais de 3 mil funcionários receberam horas extras durante o recesso parlamentar em janeiro, dessa vez foi a “descoberta” de nada menos que 181 cargos de diretoria dentro da Casa, cerca de dois cargos de diretores para cada senador. Com a denúncia, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou a extinção de 50 cargos ou função equivalente, a economia com o primeiro corte dos diretores será de R$ 400 mil mensais.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que ficou surpreso com o grande número de diretores, prometeu cortar a estrutura pela metade. Sarney pediu para que todos os diretores entregassem os cargos para que seja feita uma reformulação profunda dentro do Senado, “Nós não falamos mais de reforma administrativa e sim em uma reestruturação profunda da administração da casa”, declarou José Sarney.

-O que for essencial, o que for sério, nós vamos deixar. O que não for, será dispensado. Esperamos chegar a 50%- declarou Sarney (ouça a declaração de Sarney na matéria da Band News).

Mesmo com todo esse escândalo e com o afastamento dos diretores, Heráclito Fortes afirmou que todos os 181 diretores continuarão nos cargos por enquanto, até ser analisado caso por caso. Inclusive, os senadores continuarão ganhando a comissão pelos cargos.

-Eles continuam nas suas funções. Não podemos demitir todos de uma vez só. Não podemos estipular prazos, mas esperamos que seja o mais rápido possível – declarou Heráclito Fortes.

José Sarney anunciou um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para começar uma auditoria administrativa em todos os contratos da instituição e a modernização da Casa. O prazo para o fim do trabalho da FGV é de seis meses, em que pretende “limpar” a imagem do Senado.

De acordo com Heráclito Fortes, a diminuição dos diretores de 181 para 20 tem a intenção de ficar igual à estrutura do Senado em 2001. Com esse corte e a reestruturação da Casa, a economia para os cofres públicos seria de cerca de R$ 1 milhão por mês.

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ENQUENTE:

Com o fim das diretorias, você acha que o Senado está no caminho da moralização?

() Sim, pois com o escândalo o Senado vai começar a ser mais rigoroso com os cargos desnecessários.

() Não, pois o caso das diretorias vai cair no esquecimento e os senadores vão conseguir um novo meio de ganhar dinheiro extra.

Fórum: O primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes anunciou que os senadores exonerados não vão receber punição. Você acha que os diretores devem devolver os salários que ganharam nos cargos e receber punição severa? (Opine)

Caso dos diretores do Senado

Por: Marcus Lacerda (Brasil)

Logo que entrou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) já pode ver que não será fácil o seu mandato. Sarney constatou que existiam, num primeiro momento, 136 diretores, secretários e subsecretários, com status de diretor, mas após uma nova contagem foi confirmado o número de 196 diretores, mas o número foi re-confirmado, caindo para 181. Com isso, no último dia 17 o presidente da Casa não retrucou e decidiu que obrigou que todos colocassem os cargos a disposição. Já no dia 18, na parte da manhã, ficou decidido que os diretores vão permanecer nas suas funções até que a instituição analise a atuação individual de cada um.

Como tudo em Brasília muda de uma hora para a outra, no dia 19, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) ordenou que o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, tome as providências necessárias para promover a imediata exoneração de 50 cargos de direção ou função equivalente na estrutura administrativa do Senado, e a conseqüente extinção destes cargos.

É um diretor para cada 19 funcionários ou quase dois diretores para cada senador. A Petrobras, a maior empresa brasileira, por exemplo, tem seis diretores. A Vale, que atua em diversos países, tem apenas sete diretores executivos, além de diretores de departamentos.

Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), porém, a instituição deveria voltar a ter a mesma estrutura que tinha em 1995, quando o presidente José Sarney (PMDB-AP) assumiu o comando da Casa pela primeira vez com sete secretarias e 16 subsecretarias.

- Se quisermos moralizar mesmo a Casa, temos de agir. O melhor seria extinguir esse número absurdo de diretorias e voltar ao quadro de 1995. No máximo acrescentando mais uma, tendo em vista a criação da TV Senado. Já considero uma aberração o presidente Lula governar o país com 37 ministérios, imagina o Senado ter 181 diretorias – afirmou Virgílio.

Por coincidência ou não, pelo menos três diretores envolvidos em denúncias, entraram de férias ou licença. A diretora de Comunicação Social, Elga Mara Teixeira Lopes, que assumiu a função há menos de um mês, pediu férias seguidas de licença segunda-feira, dia em que o Ministério Público solicitou ao Tribunal de Contas da União investigação sobre denúncias de que ela recebeu do Senado enquanto fazia campanhas políticas. Exonerado da direção da Secretaria de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi é outro que preferiu se afastar desde que foi acusado de ceder o imóvel funcional para o filho. Ninguém na Casa consegue dar notícia do ex-diretor-geral Agaciel Maia, que pediu demissão em meio a suspeitas de que teria omitido de seu patrimônio mansão avaliada em R$ 5 milhões. Ele continua lotado no Senado.


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Enquete

Você concorda com a redução de diretores?

(  ) Sim, pois tem muita gente para pouco trabalho

(  ) Não, o país cresceu com isso tem que ter mais gente dirigindo as coisas

Fórum: O que você achou da decisão do Sarney? (Opine)



Caso das diretorias remuneradas do Senado.

Por: Fernanda Lima (Brasil)

A onda de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), levou o presidente a pedir que todos os diretores da casa colocassem seus cargos a disposição.

Tudo começou com a demissão do diretor-geral Agaciel Maia, que escondeu da Receita Federal uma mansão avaliada em cinco milhões e que estava em nome de seu irmão. Agaciel estava no cargo há mais de 14 anos, desde a primeira vez que José Sarney foi nomeado a ocupar pela primeira vez a presidência do Senado e com um orçamento anual de R$2,7 bilhões.

Logo depois, o diretor de recursos humanos, José Carlos Zoghbi, saiu do cargo após ser acusado de transferir imóvel funcional para parentes.

Como não bastassem os escândalos, o presidente do Senado ainda terá que se explicar com o Ministério Público Federal (MPF), sobre o pagamento de um valor superior a seis milhões de reais em horas extras a três mil funcionários da Casa no mês de janeiro, em pleno recesso e autorizado pelo ex-primeiro secretário da Casa, Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de deixar o cargo.

Além disso, o Senado enfrenta a farra dos terceirizados, a mordomia com os apartamentos funcionais, os nepotismos disfarçados, apadrinhamentos e funcionários fantasmas( assista ao vídeo).
Perante essa confusão, a Corregedoria do Senado abriu sindicância para apurar o nepotismo. Depois de conversar com o primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI) José Sarney resolveu tomar uma decisão drástica.

O então presidente do Senado determinou que os 146 diretores da casa entregassem seus cargos. Para ele, esse seria o pré-requisito para uma reforma profunda.

Na quarta-feira, a presidência assina um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que vai trabalhar na reestruturação da casa. O presidente do Senado pretende selecionar os melhores servidores para as diretorias desocupadas.


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Enquete:



Você acredita que mesmo com todos os cargos a diposição, esse seria o requisito para uma reforma profunda?



( ) Sim, pois ficaria apenas os que realmente tem compromisso com o poder legislativo



( ) Não, pois a imagem que ficou é que o Senado é mesmo uma bagunça.



Fórum:


Depois de todo esse escândalo no Senado, o que você acha que o presidente deveria fazer para manter a crediblidade?

Sarney anuncia corte de 50% no número de diretores

Por: Alex Nogueira (Brasil)
Em mais uma medida para tentar amenizar a crise interna, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou que realizará um corte de 50% dos diretores do Senado. A medida foi tomada após denúncias sobre irregularidades contra a administração da casa.
- Vamos reduzir muito o número de diretores e comissões dentro do Senado. O que for sério e essencial fica- disse Sarney . O presidente do Senado se diz surpreso com o número de diretores, que chega a mais de dois por senador.
Sarney anunciou também outra medida para minimizar a onda de denúncias. A assinatura de um convênio com a
Fundação Getúlio Vargas que irá realizar auditoria administrativa em todos os contratos da instituição.
O primeiro secretário
Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que os diretores ficaram nos seus cargos até que seja realizada uma análise de caso a caso para se definir quem sai e quem fica. Para Heráclito não se pode demitir todos de uma vez, mas espera que o trabalho seja concluído em seis meses.
Para o senador
Álvaro Dias (PSDB-PR) deve-se ter uma ação imediata para que os 181 diretores não exercerem mais as suas funções. E não se deve esperar mais de seis meses, quando certamente o assunto estará esquecido. -Uma ação dura realizada agora reduzirá o impacto negativo- afirmou Álvaro.
O presidente Luiz Inácio da Silva aprovou as soluções que vêm sendo tomadas pelo Senado. Lula achou bom que se tenha descoberto irregularidades e que sejam corrigidas, para o presidente seria ótimo que todo mundo fizesse isso no Brasil.
Enquete:
Você acha que a simples demissão de alguns diretores acabará com a corrupção no Senado?
( )Sim. Pois desta maneira os senadores ficam temerosos com a possibilidade de perderem os seus cargos quando forem pegos realizando algumas irregularidade,
( )Talvez. Só se houver uma fiscalização forte para impedir que essas ações não sejam realizadas.
( )Não. Vivemos em um país onde a corrupção está por todos os lados. Não haverá mudança enquanto não ocorrer uma reforma em várias esferas, principalmente, na política.
Fórum:
Se você fosse um dos diretores rejeitaria o bom salário e as bonificações? Opine.

Diretorias remuneradas ainda geram polêmica no Senado

Por: Thaís Sousa (Brasil)

Depois de ter anunciado o corte de 50 dos 181 polêmicos cargos de diretoria do Senado, o processo de exoneração dos servidores ainda não foi resolvido e
apenas oito estruturas administrativas foram extintas. Na última semana, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), esclareceu que as demissões farão parte de uma reforma administrativa que será concluída em cerca de seis meses. Após o processo, a média será de um diretor para cada um dos 81 senadores.

Mesmo tendo sido apontado como o criador de cerca de 70% dos cargos de diretoria, Sarney determinou que 50 funcionários fossem exonerados. Assim, diretores como “de garagem”, “de autógrafos em ata” e de “check-in” – responsável pelas reservas de voo e embarques dos parlamentares – perderam seus cargos remunerados.

_ Vamos reduzir muito o número de diretores das comissões no Senado. O que for essencial fica. A redução vai ser de pelo menos 50%, pode ser maior – afirmou o presidente do Senado.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) chegou a negar que o número de diretores tenha chegado a 181. De acordo com Fontes, a maioria dos cargos da lista corresponde a funcionários com cargos semelhantes. O senado contaria com apenas 38 diretores e até o final de abril essa quantidade deve ser reduzida a 20.

_ A função de diretor tem que ser mais enxuta. A carreira se confundiu com a função. O que gerou todo esse desconforto - declarou Heráclito.

Fortes afirmou ainda que esses funcionários também terão gratificações diminuídas. Hoje, o salário médio do Senado é de R$ 12 mil, para nível superior, e pode chegar a um teto de R$ 35 mil. A folha de pagamento da Casa chega a R$ 1,2 bilhão ao ano.

O senador Aluísio Mecadante (PT-SP) declarou que, em 30 dias, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) deve entregar um projeto de reforma administrativa do Senado. Com a reforma e as possíveis exonerações, espera-se economia de cerca de R$ 1 milhão mensais.

O valor do contrato com a FGV para a elaboração do projeto não foi divulgado, mas sabe-se que foi feito sem licitação.


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Enquete:

O senador José Sarney assumiu a presidência do senado em fevereiro e já tem o nome envolvido em mais um escândalo político. Você acha que o caso das diretorias do Senado pode prejudicá-lo?

Não. Sarney já esteve envolvido em escândalos maiores e sempre conseguiu se re-erguer politicamente.

Sim. Escândalos como esse denigrem ainda mais a imagem do senador e a renúncia é questão de tempo.

Fórum:

Você acha que as sucessivas crises e escândalos podem refletir nas eleições de 2010? Opine.

Novas medidas para frear crise no Senado

Por: Camille Grandin (Brasil)

O presidente do Senado José Sarney (PMDB – AP) ordenou que todos os diretores da Casa coloquem seus cargos a disposição. A decisão foi tomada após o escândalo envolvendo 181 diretorias no Senado, mais que o dobro do número de senadores. Grande parte delas com nomes sugestivos como a diretoria de check-in, garagem e rádio em ondas curtas.

Sarney determinou a exoneração de 50 dos 181 diretores e ainda assinou uma parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizar uma reforma administrativa no Senado. A partir de agora são 38 secretários com status de diretor, além de cinco cargos da cúpula administrativa da Casa. O restante, 138 cargos, são mesmo de “diretorias de fantasia”, conforme definiu o primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM - PI). Segundo ele, a ideia é reduzir para 20 secretarias, no máximo, o número de diretorias no Senado. Esse seria o quadro em 2001.

Além disso, o procurador do Ministério Publico, Marinus Marsico, ingressou com uma representação ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Ubiratan Aguiar, pedindo abertura imediata de investigação sobre o caso da diretora de Comunicação do Senado, Elga Mara Teixeira Lopes, que
trabalhou em cinco campanhas políticas sem se afastar do cargo ; o pagamento de horas extras e ajuda de custo no recesso de janeiro , e a contratação de Luciana Cardoso , filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo gabinete de Heráclito, sem exercer a função em Brasília. Nos três casos o MP pede, na representação, a devolução do dinheiro pago pelo Senado.

- Não vou nem pedir mais explicações à direção do Senado. Já há indícios suficientes de irregularidades para entrar direto com a representação ao presidente pedindo a imediata investigação. A ideia é ter esses recursos de volta para os cofres públicos - disse Marinus.

Nomeada em 2003 pelo então presidente do Senado José Sarney
para a Diretoria de Modernização Administrativa e Planejamento do Senado, Elga se ausentou da Casa para se dedicar, como analista de pesquisa de opinião, a campanhas eleitorais, recebendo pelo Senado e por contratos políticos. Elga já afirmou que trabalhou em campanhas quando estava de férias e prometeu apresentar provas.

"Para mim, ela não fez campanha política. No que se refere a ela estar na minha última campanha, é totalmente errado", afirmou Sarney.

Já Luciana foi contratada por Heráclito como secretária parlamentar e causou polêmica ao afirmar que o Senado é uma bagunça.

- Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar 'vem aqui', eu vou lá - disse.

No entanto, Heráclito evitou responder sobre as críticas de Luciana Cardoso. Segundo ele, o comentário dela diz respeito ao Senado como um todo e não exatamente ao seu gabinete. E, Luciana não entrou em detalhes sobre a questão em torno do
pagamento das horas extras durante o recesso parlamentar.

- Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo (o dinheiro). Quem manda pra mim é o senador – informou Luciana.

O Senado decretou uma espécie de “lei do silêncio”a respeito da denúncia. Os senadores Efraim Morais (DEM – PB) e Heráclito Fortes, ex e atual primeiro – secretário do Senado, não quiseram dar detalhes sobre o pagamento da ajuda de custo.

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Enquête:

Depois de tantos escândalos no Senado o poder Legislativo tem chances de recuperar a credibilidade perante o povo brasileiro?

( ) Sim. Se o Senado realmente fizer uma grande reforma administrativa a credibilidade será re-conquistada.

( )Não. Depois de tantos escândalos será difícil voltar a confiar no poder Legislativo.

Fórum:

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB – SP) disse, que para a população o poder Legislativo é considerado desnecessário. Você concorda com esta declaração? (Opine aqui)

Estrutura do Senado brasileiro fica abalada

Potira Mocaiber (Brasil)






O Senado brasileiro vive momentos conturbados desde o estouro da existência de 181 Diretorias, o que resulta em mais de duas diretorias por senador, algumas destas pouco conhecidas pela sociedade, como a de ata, garagem e check-in.

Tal fato, fez o atual presidente da casa legislativa, o Senador José Sarney (PMDB-AP), se pronunciar à respeito, demonstrando que providências imediatas irão ser tomadas, começando pela colocação de todos os cargos destes diretores à disposição, além da contratação da Fundação Getúlio Vargas para uma auditoria e reformulação administrativa do Senado.

"Vamos reduzir muito o número de diretores e comissões no Senado. O que for sério, essencial, fica. Queremos uma redução de pelo menos 50%, mas ela pode ser maior", afirmou José Sarney, que em seguida justificou a contratação da FGV.

"A Fundação Getúlio Vargas está sendo convidada para uma reestruturação profunda. Dependemos de vontade política para a sua implementação",confirmou.

Histórico das Diretorias

No curso de sua última passagem pela presidência do Senado Federal, entre 2003 e 2005, o Senador José Sarney participou de cerca de 70% de todas as diretorias existentes hoje nesta casa. Um de seus atos mais contestados, foi a expansão da extinta Secretaria de Comunicação, hoje, em decorrência do seu ato, passou a ser chamada de Secretaria Especial de Comunicação Social, comportando cerca de 20 cargos de direção.

Além desta, a alteração da natureza jurídica de outras antigas subsecretarias em secretarias, tais como Biblioteca, Telecomunicações, Segurança Legislativa, entre outras, onerou cerca de R$ 4,8 milhões por ano aos cofres públicos.

Segundo a assessoria do Senador, tais modificações eram essenciais e fundamentais à época, devido à demanda de cargos que a àrea administrativa do Senado solicitava, fatos estes prontamente acatados pela mesa diretora da casa.

Gastos

Mesmo após os fatos terem sido tornados públicos, o diretor de orçamento do Senado, Fabio Gondim, demonstrou tranquilidade ao tratar sobre o tema e fez comparações:

"O aumento dos gastos no Senado é menor do que em outros legislativos, no governo federal e no Judiciário", afirmou.

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Presidente do Senado, José Sarney criou 70% das diretorias
FGV é a escolhida para auditar e reformular o Senado Federal
Senado tem diretoria até de garagem

Enquete

A FGV (Fundação Getúlio Vargas), terá autonomia para auditar e promover reformas necessárias no Senado Federal, ou sofrerá pressões externas e internas para omitir possíveis resultados negativos?

( ) Sim, ela terá autonomia total pois trata-se de um instituição de reputação ilibada e não aceitaria o convite para promover um trabalho de importância nacional caso não pudesse exercer sua expertise de forma clara e objetiva.

( ) Não, ela não terá autonomia, uma vez que foi convidada à realizar a auditoria e não participou de nenhum processo licitatório para a devida escolha, o que aparentemente causa estranheza e dá margem para pressões internas e externas.

Fórum

Você acha que o cargo de Presidente do Senado, o terceiro representante do governo brasileiro na escala hierárquica, deveria ser escolhido através da democracia direta (voto do povo) ou como é feito atualmente, pela democracia indireta (eleito através dos representantes escolhidos pelos cidadãos)? Opine aqui:


Sarney determina o afastamento de diretores no Senado

Por Vitor Guttierrez (Brasil)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), após uma onda de denúncias sobre irregularidades praticadas pela Casa, ordenou que todos os diretores do Senado colocassem seus cargos à disposição. A destituição, de acordo com a assessoria da Presidência da Casa, faz parte de uma reforma geral dos quadros da instituição.

Existem atualmente, 131 empregados que recebem salários de diretores no Senado, apesar de nem todos ocuparem de fato esse cargo. O motivo pelo qual alguns desses funcionários terem o cargo de diretor, foi um artifício das administrações anteriores para aumentar seus salários, segundo uma fonte da Casa.

Além dessas irregularidades,
foi denunciado também que esses diretores praticavam nepotismo, empregando parentes em empresas prestadoras de serviço para burlar a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que impede essa prática. Diante todo escândalo gerado no Senado, José Sarney desde que assumiu seu atual cargo, ainda não conseguiu colocar em pauta importantes matérias a serem votadas.

O Senador Demóstenes Torres (DEM-GO) aprovou as medidas tomadas pelo presidente do Senado, entendendo que a destituição foi determinada devido à grande pressão sofrida pelos escândalos que abalaram a Casa recentemente. "O presidente está pressionado pela opinião pública, mas deve estar impressionado pela quantidade de denúncias", afirmou.

De acordo com o próprio Sarney,
essa reforma não irá atingir a totalidade de funcionários que ocupam hoje os cargos de diretores no Senado.

"A redução pode ser de 50 por cento (de cargos na diretoria). Talvez essa redução possa ser ainda maior."

Em meio às denúncias, o presidente da Câmara, Michel Temer,
anunciou que as medidas provisórias (MPs) não vão trancar mais as votações em sessões extraordinárias. Perguntado sobre o assunto, José Sarney não precisou se apoiará a medida, alegando ainda não saber sobre os detalhes dessa ação.

Saiba Mais:

Enquete:

Você acha que o presidente do Senado, José Sarney(PMDB-AP), está certo em destituir os cargos de diretor? Vote aqui.

( ) Sim. Isso ajudará a manter a imagem do Senado.

( ) Não. Mesmo demitidos as irregularidades continuarão.

Fórum:

O que você acha sobre os recentes escândalos no Senado?Opine aqui.

Crise agita Senado Federal

Por Luciana Mangas (Brasil)

Foi anunciado em 18 de março que o Senado deveria cortar pelo menos metade da sua diretoria. Ao fazer um levantamento de seus funcionários, foi constatado que atualmente existem 181 diretorias, ou seja, mais de dois diretores para cada senador.

Tantas diretorias assim exigiam certa criatividade para delegar afazeres. Um exemplo disso é a diretoria de check in, que tem a responsabilidade “coordenação de apoio aeroportuário”. A maioria dos diretores chega a ganhar um salário de R$ 20 mil.

O presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), prometeu um corte de "pelo menos 50%" no número de cargos de direção na Casa. Sarney também afirmou que vai reduzir os cargos em comissão e realizar uma profunda reestruturação administrativa. Confira a lista dos diretores afastados.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que o Senado tem a obrigação de dar uma satisfação à sociedade. “Para mim é muito doloroso não estar discutindo a crise, porque um determinado diretor botou o filho em um apartamento [do Senado]. Não agüento mais essa agenda”, afirmou.

O Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva elogiou a posição de Sarney ao tomar a decisão pelos cortes. “Que bom que se tenha descoberto coisas no Senado e que esteja corrigindo. É isso para nós que importa”. Afirmou Lula.

Espera-se que a reestruturação da Casa termine em seis meses.

Saiba mais:

Enquete:

É possível que com esta limpeza na Casa, a corrupção no país diminua?

( ) Sim, este é o primeiro passo no caminho certo.

( ) Não, esta é só a ponta so iceberg e ainda tem muito a ser descoberto.

Fórum de discussão:

Como o Senado irá se recuperar de mais um escândalo? Opine.

Senado Federal passa por crise administrativa após posse de Sarney

Por: Érika Torres ( Brasil )

O Senado Federal vem sendo alvo de uma série de denúncias, desde a posse do senador José
Sarney, (PMDB-AP). Inúmeras notícias negativas envolvendo membros do senado foram destaque na imprensa nacional e internacional.

Sarney reconheceu que o senado atravessa um momento de crise, porém desvinculou os problemas à sua gestão. De acordo com o parlamentar, a própria estrutura da Casa que é a responsável pelos problemas que vive atualmente.

- "Nós atravessamos muitas crises e críticas, mas nenhuma sob minha gestão. Os problemas caíram no meu colo" - justificou Sarney.

Dois diretores já abandonaram os cargos. O primeiro a sair foi o diretor-geral Agaciel Maia que deixou o posto após a denúncia que teria ocultado de sua declaração de bens, uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Já o diretor de recursos humanos, João Carlos Zogbi foi afastado do senado após ceder um apartamento funcional para um filho morar.

Outro escândalo recente envolvendo funcionários do senado foi à revelação de que a instituição teria pagado horas extras aos funcionários no mês de janeiro. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de ele passar o comando da primeira-secretaria para o senador Heráclito Fortes. Somente 11 senadores de um total de 81 determinaram aos funcionários a devolução do benefício pago de forma indevida.

Além de todos esses problemas envolvendo a imagem do Senado Federal outro caso veio à tona na mídia. O ‘escândalo das diretorias’. De oito anos para cá, o número de cargos de direção na instituição aumentou de 32 para 181, ou seja, mais de dois diretores para cada senador. O salto das diretorias e seus anexos com salários elevados se deram, sobretudo, entre 2003 e 2005, quando Sarney comandou a instituição pela segunda vez.

Em resposta as pressões em relação ao excesso de cargos na diretoria da Casa o primeiro-secretário do senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), assinou um ato que determina a extinção de 50 cargos de direção ou função equivalente com a imediata exoneração da função do servidor que a ocupa. O afastamento destes cargos serão menos 400 mil reais na folha de pagamento. O ato assinado por Fortes determina ainda que após este corte, a diretoria-geral apresente ainda outro plano que reduza a quantidade de cargos de direção.

- "Tínhamos que tomar uma atitude rápida porque nos assustamos com a quantidade de diretorias na Casa. Quando Sarney disse em cortar 50% não sabíamos que eram 181 diretorias. O corte tem que ser bem maior" - afirmou Heráclito.

Após refazer as contas a direção do Senado garante que há, apenas, 38 diretorias na casa e não 181, como foram divulgados pela mídia. (assista ao vídeo)

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Enquete

Você acredita que está série de denúncias que estão ocorrendo no Senado se proliferou após a posse de José Sarney? Vote aqui:

( ) Sim. Ele foi responsável pelo aumento das diretorias e seus anexos com salários elevados entre os anos de 2003 e 2005, quando comandou a instituição pela segunda vez.

( ) Não. Esses problemas iriam surgir mesmo com outro parlamentar no cargo de presidente do Senado.

Fórum

Você acredita que o nepotismo foi uma das causas para o surgimento desta crise no Senado? Opine aqui:

Crise no Senado brasileiro

Por: Rodrigo Tannuri (Brasil)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou que todos os diretores da Casa e os diretores adjuntos deverão colocar seus cargos à disposição. O pedido foi feito após uma onda de sucessivas denúncias.

Após o anúncio, o primeiro secretário, Heráclito Fortes, anunciou a exoneração imediata de 50 diretores e comunicou que a casa deverá ter cerca de 20 diretorias, mas o mesmo informou que o número de 181 diretores que vem sendo divulgado pela imprensa não é exato. “O Senado tem hoje 38 diretores” afirmou Fortes. A dispensa dos funcionários representará uma economia mensal de R$ 400 mil, segundo o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo. Entre os diretores que vão perder suas funções imediatamente estão Elias Lyra Brandão e Francisco Carlos Melo Farias, responsáveis, respectivamente, pela coordenação administrativa de residências e a coordenação aeroportuária, conhecida como diretoria de check in.

Gazineo confirma que o número de 181 diretores foi um erro. Segundo ele, a lista distribuída à imprensa incluía servidores que ocupam outras funções de assessoramento superior.

De acordo com Fortes, a Casa vai substituir 60 servidores terceirizados, com isso vai convocar funcionários com o objetivo de enxugar gastos do Senado.

Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), Sarney agiu de maneira correta e deve tomar atitudes dessa natureza para não pagar pelo erro de todos. "O presidente não é responsável pelo erro de ninguém. Ele acabou de assumir e está pagando o pecado de todo mundo, mas tem que fazer a purgação. Ao pedir para colocar todo mundo o cargo à disposição vai poder passar a régua e iniciar nova disposição", opinou Torres.

O curioso em todo esse caso é que Sarney foi um dos responsáveis pela criação de pelo menos 70% dos 181 cargos de direção da Casa que o mesmo visa reduzir. Esse aumento excessivo no número de diretorias foi originado no período entre 2003 e 2005. De acordo com a assessoria de Sarney, a proliferação de cargos na época se justificava. A área administrativa do Senado apresentava pacote de demandas de cargos, o que era referendado pelos senadores da comissão diretora da Casa.


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Com toda essa crise, você ainda acredita na política brasileira? Vote aqui

( ) Sim. Mas para isso acontecer, os políticos terão que mudar seus costumes passando a serem justos e éticos.

( ) Não. Já se passou muito tempo e a política continua sendo tratada da mesma maneira, com amadorismo e não vai ser agora que isso irá mudar.


Fórum:

Como sabemos, a Casa irá substituir 60 servidores, mas você crê ainda numa melhora do desempenho do Senado? Opine aqui

Crise no Senado é agravada por excesso de diretorias

Por: Lívia Amaral (Brasil)

As ondas de denúncias que se instalaram no Senado desde a posse, em fevereiro, do atual presidente da Casa Legislativa, José Sarney (PMDB-AP), ganharam força com a revelação de que o Senado possui 181 diretores na área administrativa.

Em resposta a acusação e na tentativa de reverter o noticiário sobre as irregularidades no Senado, Sarney pediu a todos os diretores da Casa que colocassem seus cargos à disposição. Um dia após o pedido, o senador afirmou a intenção de reduzir pela metade o número de diretorias. O Senado assinou, ainda, um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para que seja realizada uma reestruturação administrativa na instituição.

Na sexta-feira (20), o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), apresentou a lista dos 50 diretores que ocupavam cargos de direção ou funções de chefia da Casa afastados da função gratificada. (veja a lista) O senador também explicou que os nomes dos 50 exonerados foram decididos às pressas devido a pressões da imprensa.

- Na pressa, até para atender ao apelo de vocês, alguns nomes que foram retirados colocam em choque a continuidade administrativa, mas isso é um, dois ou três no máximo, que estão sendo examinados - disse Heráclito a jornalistas.

No entanto, pela terceira vez em uma semana, o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, anunciou um erro na informação e disse que apenas 38 dos 181 realmente exerciam funções de direção. O restante comandava subsecretarias e coordenações e somente recebiam o mesmo "título" de diretor.

- Estamos tentando definir qual a função de cada diretor, uma vez que alguns estão no cargo em virtude da função gratificada, mas não exercem qualquer função de direção - informou Gazineo.

Após a correção feita por Gazineo, o senador Heráclito Fortes afirmou que não vai baixar o número de 50, mas que "pode haver substituições".

O Senado já estuda uma forma de compensar, em parte, a extinção dos 50 cargos. A ideia é recriar uma "remuneração de chefia", que existia no passado e foi extinta na gestão do ex-diretor geral da Casa, Agaciel Maia, para dar lugar a quase duas centenas de secretarias e subsecretarias que abrigaram nos últimos anos as 181 pessoas com status de diretor. De menor valor, essa gratificação seria oferecida aos servidores que tiveram as diretorias extintas, mas que exercem, de fato, funções de chefia, coordenando equipes.

Com a promessa de corrigir os erros, o comando do Senado decidiu que, em 30 dias, as 38 diretorias de secretarias da Casa serão reduzidas para 20, ou até 14.

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Você acredita que o Senado vai afastar, realmente, aqueles que não estão aptos a ocupar cargos de diretores? Vote aqui:
( ) Sim. O Senado sofreu muitas acusações e agora vai ter atitudes corretas.
( ) Não. O Senado vai favorecer aqueles que possuem mais contatos e poder lá dentro.

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O que você acha da solução do Senado de recriar uma remuneração de chefia? Opine aqui:

Senado anuncia redução nas diretorias da Casa

Por: Carolina Estrella ( Brasil)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou que deseja reduzir pela metade o número de cargos de direção na reestruturação administrativa que será promovida na Casa.


- Eu não tenho nenhuma aspiração política. Vou cumprir o último mandato da minha vida e irei fazer o que for necessário para o Senado, declarou Sarney.

A quantidade de diretores é tão grande que até a direção do Senado teve dificuldades em levantar o número exato. Há uma diretoria de check in, para facilitar o embarque dos senadores nos aeroportos; outra de visitação, para acompanhar a visita de turistas ao Senado; e ainda existe uma apenas para cuidar das comunicações por rádio em ondas curtas. Ao todo, como foi divulgado,
são 181 cargos de diretores.

Sarney afirmou que serão mantidos apenas os cargos “essenciais” e o restante será cortado. A casa legislativa espera reduzir cerca de 50% e a nomeação dos diretores se dará pelo “mérito”, mas ainda não se sabe como será feita a escolha. Depois da reforma, o Senado terá em média um administrador por senador.

A maioria dos diretores ganha em torno de R$ 20 mil, mas muitos, por serem funcionários antigos da Câmara legislativa recebem o teto de R$ 24,5 mil.

O presidente José Sarney negou que as medidas administrativas sejam uma reação às denúncias que tem sido feitas contra o Senado e considerou as mudanças uma "transparência".

- Aqui é mais fácil de verificar porque é uma casa transparente e uma casa menor. São só 81 senadores, então a vigilância é mais efetiva", afirmou Sarney.

Para auxiliar na organização das diretorias, o Senado assinou um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para que seja realizada uma reestruturação administrativa na instituição.


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Senado quer reduzir número de diretores para cerca de 20 em um mês

Senado exonera diretores de 'garagem' e 'check in'

Enquete:
Você acredita que com a redução do número de diretorias o problema dos altos gastos do Senado será resolvido?


( ) Sim. É um grande passo para a redução dos gastos públicos.


( ) Não. Ainda existem muitos mais cargos comissionados que são “cabides” de emprego, mesmo sendo legal.

Fórum : Qual a sua opinião sobre a redução de diretorias,tendo em vista que o próprio Presidente do Senado, José Sarney, criou 70% desses cargos no seu segundo mandato,entre 2003 e 2005?


Demissões anunciadas e não concretizadas

Por: Guilherme Santos (Brasil)

O primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), não anunciou a demissão de 18 diretores que estava prevista. Dos 181 vale ressaltar que alguns deles recebiam o salário sem exercer a função e que anteriormente já foram exonerados 50 desses supostos diretores. Agora, no prazo de um mês, à Casa pretende reduzir para 20 o número de diretores. Fazendo todas as exonerações previstas o Senado estaria economizando aproximadamente R$ 1 milhão por mês.

Por decisão da cúpula de parlamentares, será criada uma comissão de servidores que terá a missão de elaborar um plano para reduzir a estrutura da Casa em no máximo 30 dias. O salário médio no Senado é de 12 mil reais para funcionário com nível superior, todavia alguns funcionários recebem entre salários e gratificações aproximadamente 35 mil reais.

O Senado conta com 38 reais diretores. A intenção de todos os cortes, além da economia, é igualar o número de diretores no ano de 2001. Segundo o secretário haverá redução também nas subsecretarias e destaca que há "punição" aos exonerados, significa o enxugamento da máquina. Não havendo punição ao servidor.

Nas últimas semanas o Senado anunciou que haveria uma auditoria interna que cortaria pela metade o número de diretores. Na instituição há 181 parlamentares, chegando a 181 funcionários exercendo o cargo de diretor. Esse número é totalmente superior ao que foi apresentado em 2001. Atualmente o excesso de diretorias faz com que algumas funcionem no subsolo do Senado. Ao fundo se encontra o gabinete de Elias Lyra Brandão, diretor de Coordenação Administrativa de Residências, ou Coaro, que é popularmente conhecido como "diretor de garagem". A casa ainda teria uma diretoria no aeroporto de Brasília, a de Coordenação de Apoio Aeroportuário, ocupada por Francisco Carlos Melo Farias, mais conhecido como de check in”.

Com isso, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou o corte pela metade. Por ordem dele os diretores, secretários e subsecretários entregaram seus cargos.

- Amanhã (18/03) estou assinado uma proposta de reestruturação da Casa que será conduzida pela Fundação Getúlio Vargas. Por isso, estou pedindo que todos os diretores da Casa coloquem seus cargos à disposição para que possamos ter maior liberdade para fazer um balanço dos cargos que são efetivamente necessários e quais são dispensáveis - disse Sarney.


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Heráclito anuncia corte de 50 diretores no Senado

Enquete:

Você acha que o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) está demorando em anunciar a demissão dos diretores?

( ) SIM. Com essa demora os diretores que não deviam exercer a função estão recebendo e o governo continua com o alto custo desnecessário para os cargos.

( ) NÃO. Para a exoneração o secretário deve primeiro investigar minuciosamente cada cargo que cada um exercia para não haver erros.

Fórum:

Quem você acha que deveria ser responsabilizado pelo excesso de diretores no Senado?

Mais uma polêmica envolvendo o Senado: as diretorias remuneradas

Por: Felipe Rocha (Brasil)

O Senado Federal continua protagonizando uma série de denúncias desde a posse do presidente , José Sarney (PMDB-AP). A crise da vez começou com a descoberta de 181 cargos de diretoria na Casa, o equivalente a mais de dois para cada senador. Entre os cargos absurdos que vieram à tona estavam um "diretor de garagem" trabalhando no subsolo de um prédio de apartamentos funcionais, e um "diretor de check-in", no aeroporto de Brasília.

- É incompreensível que o Senado Federal tenha uma estrutura tão pesada, com tantos diretores, seguramente não são necessários - afirmou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Sarney prometeu uma mudança na estrutura da Casa, que já inclui uma auditoria administrativa feita pela Fundação Getúlio Vargas e o corte de mais da metade dos diretores. O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), assinou no dia 19 de março um ato que determinava a extinção de mais de 50 desses cargos. Além disso, o ato exige que a diretoria-geral apresente um plano de redução de adicional de cargos de direção.

A função desses diretores não ficou muito clara e gerou questionamentos por parte de alguns senadores. Eduardo Suplicy (PT-SP), por exemplo, chegou a irritar Heráclito ao perguntar o que fazem as pessoas que têm esses cargos. Ainda assim, o senador respondeu ao colega, confirmando a bagunça.

- Existem diretores efetivos e os diretores de fantasia, que não têm função específica nem estrutura administrativa em volta - admitiu Heráclito Fortes.

Não foi só Suplicy que questionou o tema. A discussão repercutiu em todo o Senado e muitos parlamentares reclamaram das denúncias contra o Senado. Jéferson Praia (PTD-AM) disse inclusive que os senadores não ganham muito, referindo-se ao salário líquido, que é de aproximadamente R$ 12 mil.

Outras denúncias também atingiram o Senado desde a posse do novo presidente, que afirmou que os problemas caíram em seu colo. A senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), filha de José Sarney, está sendo acusada de bancar uma viagem de parentes e amigos com a cota de passagens aéreas a que todo parlamentar tem direito. Apesar de a senadora dizer que a viagem foi a trabalho, ainda não conseguiu provar tal afirmação. Já o senador Tião Viana (PT-AC) emprestou o celular de uso exclusivo dos parlamentares para a filha realizar uma viagem ao México. O senador, entretanto, já admitiu o erro e diz já ter pago a conta.

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Você acredita nos esforços do presidente José Sarney para melhorar a imagem do Senado?
( ) Sim. Sarney parece disposto a melhorar a imagem da Casa.
( ) Não. Ele já foi presidente do Senado anteriormente e sua gestão não foi muito diferente da atual.

Fórum
Qual a sua opinião sobre os parlamentares, como o próprio Sarney, que conseguem eleger-se por outros estados que não o seu de origem? Opine aqui.

sábado, 4 de abril de 2009

Atenção:Crise no senado

Por:Monik Serrão(Brasil)

Foi anunciado nesta terça-feira 24, pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), e pelo diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, que o senado quer reduzir, cerca de 20 numero de diretores, dentro de um mês. A economia com a reestruturação administrativa da Casa seria de cerca de R$ 1 milhão.As denuncias que foram feitas,fez com que o Senado caísse em uma crise administrativa, devido a isso, o diretor-geral Agaciel Maia e o diretor de recursos humanos João Carlos Zoghbi , tiveram que largar seus cargos que já ocupavam a 14 anos.

Em seguida o Presidente do Senado José Sarney(PMDB-AP),pediu que "todos os diretores da Casa" colocassem seus postos à disposição. A decisão, veio à tona com a informação do senado abrigar mais de uma centena de diretores. Descobriram então, que havia 181 diretores no Senado, sendo que a maioria ocupava funções de pouca relevância para o funcionamento do mesmo.

José Sarney (PMDB-AP), em palestra nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo declarou:
"Os problemas caíram no meu colo (...), tive que demitir diretores, afastei bancos agiotas, reduzi em 10% os gastos, chamei a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa que reduzirá custos e aumentará a eficiência"

Na semana passada, o senado confirmou o numero de diretores e anunciou a exoneração da função de 50 deles. O diretor-geral informou que apenas 38 dos 181 realmente exerciam funções de direção. O restante comandava subsecretarias e coordenações e somente recebiam o mesmo “título” de diretor.

Com o corte de 20 diretores, a casa tem a intenção de igualar a estrutura que tinha no ano de 2001. O primeiro- secretario, senador Heráclito Fortes (DEM-PI) , garante que terá uma redução no cargo da subsecretaria.

Pela terceira vez na mesma semana, o Senado reviu o numero de diretores que mantém na casa, dizendo que agora são apenas 38, e não 181, como haviam dito, mais que ainda irá reduzir esse numero para 20. Segundo o diretor-geral do senado Alexandre Gazineo, dos 181 diretores, havia cargos que denominavam “diretor”, mais na verdade era, de “assessoramento superior”.

Não estão deixando claro o numero de diretorias, mesmo estando disponível na rede interna da casa. Pois o documento traz a divisão de secretarias e subsecretarias.

Sarney, esta decidido ser firme e rigoroso com as decisões do senado, com tantos escândalos envolvendo a área administrativa da casa, o presidente do senado, decidiu então extinguir 50% das diretorias criadas.


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ENQUETE:

O senado tem como objetivo, voltar á estrutura que a casa tinha em 2001, será que eles vão conseguir, depois dessas criações de novos cargos de “diretores”?

( ) Sim, depois desses escândalos que o senado foi envolvido, eles vão fazer de tudo para melhorar sua estrutura.

( ) Não, Pois eles teriam que abaixar muito o numero de diretores.


FÓRUM:
Será que essa crise toda no senado, esta causando uma guerra silenciosa entre os funcionários do alto escalão?Comente aqui.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

FGV INICIA TRABALHOS PARA CONTER CRISE DO SENADO

Por: Ilana Senos (Brasil)

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi chamada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) para tentar conter a crise administrativa que ocorre há um mês, na Casa. Em meio às diversas denúncias que atingiram a imagem do Senado, o presidente da Casa Legislativa, deu o prazo de trinta dias para que a Fundação conclua o estudo de remodelação administrativa.

Sarney ainda ouviu do presidente da FGV, Carlos Leal, que não basta a fundação preparar o estudo se não existir vontade política para implementar as medidas. “Irei fazer o que for necessário. A FGV tem carta branca”, alegou.

A crise ocorre desde o inicio de março e um levantamento feito no Senado apontou que havia 181 diretores , entre, diretorias, setores de “garagem” e “check in”, numa instituição com apenas 81 parlamentares. Além disso, teve pagamento de horas extras no recesso parlamentar. Após a divulgação desses números, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fontes ( DEM-PI), anunciou o corte de 50 diretores, estimando uma economia de R$ 400 mil mensais. O secretário determinou o corte pois afirmou que o crescimento do número de diretoria veio acontecendo ao longo dos últimos 12 anos.

O presidente do Senado, então, aceitou o pedido de demissão do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, após denúncias sobre a evolução de seu patrimônio de, aproximadamente, R$ 5 milhões, em Brasília. Além dele, também foi demitido o diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi. Ele repassou a seus filhos um apartamento funcional que recebeu do Senado para sua própria moradia.

Em nova versão sobre o enigmático organograma, o Senado não tem mais 181 diretorias. Agora são 38 secretários com status de diretor, além de cinco cargos da cúpula administrativa da Casa. O restante, 138 cargos, são mesmo de “diretorias de fantasia”, conforme definiu Heráclito Fortes. Porém, a intenção da Casa é reduzir até para 20 o número de diretores em um prazo de um mês. Além disso, sessenta concursados do Senado serão chamados para substituir os terceirizados afastados.

Só com a diminuição de diretorias e com a reformulação no esquema de funcionários é que geraria, de acordo com o primeiro-secretário, uma economia mensal de R$ 1 milhão de reais. Afinal, a instituição gasta R$ 2,2 bilhões de reais com o pessoal, incluindo os inativos.

Entretanto, para o senador Aluizio Mercadante (PT-SP) as novas medidas não resolverão o problema da falta de transparência na Casa. “É duro saber exatamente as informações aqui”, afirmou o senador.

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ENQUETE:

Com o corte das diretorias do Senado, você acha que os problemas irão diminuir?

( )Sim. Com menos gente trabalhando, o trabalho será mais correto, havendo menos problemas.

( )Não.Mesmo com a diminuição de diretores, os problemas continuarão e logo voltará a ter mais diretores desnecessários.


FÓRUM:

Se você pudesse ficar um mês no lugar do presidente do Senado, José Sarney, qual seriam suas medidas para melhorar a Casa Legislativa? Opine aqui.