domingo, 5 de abril de 2009

Senado Federal passa por crise administrativa após posse de Sarney

Por: Érika Torres ( Brasil )

O Senado Federal vem sendo alvo de uma série de denúncias, desde a posse do senador José
Sarney, (PMDB-AP). Inúmeras notícias negativas envolvendo membros do senado foram destaque na imprensa nacional e internacional.

Sarney reconheceu que o senado atravessa um momento de crise, porém desvinculou os problemas à sua gestão. De acordo com o parlamentar, a própria estrutura da Casa que é a responsável pelos problemas que vive atualmente.

- "Nós atravessamos muitas crises e críticas, mas nenhuma sob minha gestão. Os problemas caíram no meu colo" - justificou Sarney.

Dois diretores já abandonaram os cargos. O primeiro a sair foi o diretor-geral Agaciel Maia que deixou o posto após a denúncia que teria ocultado de sua declaração de bens, uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Já o diretor de recursos humanos, João Carlos Zogbi foi afastado do senado após ceder um apartamento funcional para um filho morar.

Outro escândalo recente envolvendo funcionários do senado foi à revelação de que a instituição teria pagado horas extras aos funcionários no mês de janeiro. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de ele passar o comando da primeira-secretaria para o senador Heráclito Fortes. Somente 11 senadores de um total de 81 determinaram aos funcionários a devolução do benefício pago de forma indevida.

Além de todos esses problemas envolvendo a imagem do Senado Federal outro caso veio à tona na mídia. O ‘escândalo das diretorias’. De oito anos para cá, o número de cargos de direção na instituição aumentou de 32 para 181, ou seja, mais de dois diretores para cada senador. O salto das diretorias e seus anexos com salários elevados se deram, sobretudo, entre 2003 e 2005, quando Sarney comandou a instituição pela segunda vez.

Em resposta as pressões em relação ao excesso de cargos na diretoria da Casa o primeiro-secretário do senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), assinou um ato que determina a extinção de 50 cargos de direção ou função equivalente com a imediata exoneração da função do servidor que a ocupa. O afastamento destes cargos serão menos 400 mil reais na folha de pagamento. O ato assinado por Fortes determina ainda que após este corte, a diretoria-geral apresente ainda outro plano que reduza a quantidade de cargos de direção.

- "Tínhamos que tomar uma atitude rápida porque nos assustamos com a quantidade de diretorias na Casa. Quando Sarney disse em cortar 50% não sabíamos que eram 181 diretorias. O corte tem que ser bem maior" - afirmou Heráclito.

Após refazer as contas a direção do Senado garante que há, apenas, 38 diretorias na casa e não 181, como foram divulgados pela mídia. (assista ao vídeo)

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( ) Não. Esses problemas iriam surgir mesmo com outro parlamentar no cargo de presidente do Senado.

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