Por: Fernanda Lima (Brasil)
A onda de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), levou o presidente a pedir que todos os diretores da casa colocassem seus cargos a disposição.
Tudo começou com a demissão do diretor-geral Agaciel Maia, que escondeu da Receita Federal uma mansão avaliada em cinco milhões e que estava em nome de seu irmão. Agaciel estava no cargo há mais de 14 anos, desde a primeira vez que José Sarney foi nomeado a ocupar pela primeira vez a presidência do Senado e com um orçamento anual de R$2,7 bilhões.
Logo depois, o diretor de recursos humanos, José Carlos Zoghbi, saiu do cargo após ser acusado de transferir imóvel funcional para parentes.
Como não bastassem os escândalos, o presidente do Senado ainda terá que se explicar com o Ministério Público Federal (MPF), sobre o pagamento de um valor superior a seis milhões de reais em horas extras a três mil funcionários da Casa no mês de janeiro, em pleno recesso e autorizado pelo ex-primeiro secretário da Casa, Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de deixar o cargo.
Além disso, o Senado enfrenta a farra dos terceirizados, a mordomia com os apartamentos funcionais, os nepotismos disfarçados, apadrinhamentos e funcionários fantasmas( assista ao vídeo).
Perante essa confusão, a Corregedoria do Senado abriu sindicância para apurar o nepotismo. Depois de conversar com o primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI) José Sarney resolveu tomar uma decisão drástica.
O então presidente do Senado determinou que os 146 diretores da casa entregassem seus cargos. Para ele, esse seria o pré-requisito para uma reforma profunda.
Na quarta-feira, a presidência assina um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que vai trabalhar na reestruturação da casa. O presidente do Senado pretende selecionar os melhores servidores para as diretorias desocupadas.
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