Por: Ilana Senos (Brasil)
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi chamada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) para tentar conter a crise administrativa que ocorre há um mês, na Casa. Em meio às diversas denúncias que atingiram a imagem do Senado, o presidente da Casa Legislativa, deu o prazo de trinta dias para que a Fundação conclua o estudo de remodelação administrativa.
Sarney ainda ouviu do presidente da FGV, Carlos Leal, que não basta a fundação preparar o estudo se não existir vontade política para implementar as medidas. “Irei fazer o que for necessário. A FGV tem carta branca”, alegou.
A crise ocorre desde o inicio de março e um levantamento feito no Senado apontou que havia 181 diretores , entre, diretorias, setores de “garagem” e “check in”, numa instituição com apenas 81 parlamentares. Além disso, teve pagamento de horas extras no recesso parlamentar. Após a divulgação desses números, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fontes ( DEM-PI), anunciou o corte de 50 diretores, estimando uma economia de R$ 400 mil mensais. O secretário determinou o corte pois afirmou que o crescimento do número de diretoria veio acontecendo ao longo dos últimos 12 anos.
O presidente do Senado, então, aceitou o pedido de demissão do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, após denúncias sobre a evolução de seu patrimônio de, aproximadamente, R$ 5 milhões,
Em nova versão sobre o enigmático organograma, o Senado não tem mais 181 diretorias. Agora são 38 secretários com status de diretor, além de cinco cargos da cúpula administrativa da Casa. O restante, 138 cargos, são mesmo de “diretorias de fantasia”, conforme definiu Heráclito Fortes. Porém, a intenção da Casa é reduzir até para 20 o número de diretores em um prazo de um mês. Além disso, sessenta concursados do Senado serão chamados para substituir os terceirizados afastados.
Só com a diminuição de diretorias e com a reformulação no esquema de funcionários é que geraria, de acordo com o primeiro-secretário, uma economia mensal de R$ 1 milhão de reais. Afinal, a instituição gasta R$ 2,2 bilhões de reais com o pessoal, incluindo os inativos.
Entretanto, para o senador Aluizio Mercadante (PT-SP) as novas medidas não resolverão o problema da falta de transparência na Casa. “É duro saber exatamente as informações aqui”, afirmou o senador.
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ENQUETE:
Com o corte das diretorias do Senado, você acha que os problemas irão diminuir?
( )Sim. Com menos gente trabalhando, o trabalho será mais correto, havendo menos problemas.
( )Não.Mesmo com a diminuição de diretores, os problemas continuarão e logo voltará a ter mais diretores desnecessários.
FÓRUM:
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