domingo, 5 de abril de 2009

Caso dos diretores do Senado

Por: Marcus Lacerda (Brasil)

Logo que entrou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) já pode ver que não será fácil o seu mandato. Sarney constatou que existiam, num primeiro momento, 136 diretores, secretários e subsecretários, com status de diretor, mas após uma nova contagem foi confirmado o número de 196 diretores, mas o número foi re-confirmado, caindo para 181. Com isso, no último dia 17 o presidente da Casa não retrucou e decidiu que obrigou que todos colocassem os cargos a disposição. Já no dia 18, na parte da manhã, ficou decidido que os diretores vão permanecer nas suas funções até que a instituição analise a atuação individual de cada um.

Como tudo em Brasília muda de uma hora para a outra, no dia 19, o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) ordenou que o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, tome as providências necessárias para promover a imediata exoneração de 50 cargos de direção ou função equivalente na estrutura administrativa do Senado, e a conseqüente extinção destes cargos.

É um diretor para cada 19 funcionários ou quase dois diretores para cada senador. A Petrobras, a maior empresa brasileira, por exemplo, tem seis diretores. A Vale, que atua em diversos países, tem apenas sete diretores executivos, além de diretores de departamentos.

Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), porém, a instituição deveria voltar a ter a mesma estrutura que tinha em 1995, quando o presidente José Sarney (PMDB-AP) assumiu o comando da Casa pela primeira vez com sete secretarias e 16 subsecretarias.

- Se quisermos moralizar mesmo a Casa, temos de agir. O melhor seria extinguir esse número absurdo de diretorias e voltar ao quadro de 1995. No máximo acrescentando mais uma, tendo em vista a criação da TV Senado. Já considero uma aberração o presidente Lula governar o país com 37 ministérios, imagina o Senado ter 181 diretorias – afirmou Virgílio.

Por coincidência ou não, pelo menos três diretores envolvidos em denúncias, entraram de férias ou licença. A diretora de Comunicação Social, Elga Mara Teixeira Lopes, que assumiu a função há menos de um mês, pediu férias seguidas de licença segunda-feira, dia em que o Ministério Público solicitou ao Tribunal de Contas da União investigação sobre denúncias de que ela recebeu do Senado enquanto fazia campanhas políticas. Exonerado da direção da Secretaria de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi é outro que preferiu se afastar desde que foi acusado de ceder o imóvel funcional para o filho. Ninguém na Casa consegue dar notícia do ex-diretor-geral Agaciel Maia, que pediu demissão em meio a suspeitas de que teria omitido de seu patrimônio mansão avaliada em R$ 5 milhões. Ele continua lotado no Senado.


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(  ) Não, o país cresceu com isso tem que ter mais gente dirigindo as coisas

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Um comentário:

Marcus Lacerda disse...

Professor venho nesse comentário informar que:
1- Após o texto eu não estou conseguindo reduzir o espaçamento na enquete e do saiba mais, para ficar igual ao espaçamento do texto.
2- Estou colocando a fonte Arial e tamanho normal e minha letra está ficando num tamanho enorme.

Abraços