segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sistema de cotas: um disfarce para a base escolar deficiente

Texto original de: Tathiana Xavier
Texto revisado por: Lívia Amaral

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” Artigo 5º do Código Civil de 1988.


A partir destas premissas, a Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por meio de liminar concedida no dia 25 de maio de 2008, suspendeu as cotas existentes nas universidades fluminenses. A decisão, que só passará a valer em 2010, atende ao pedido do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que alegaram não haver tempo hábil para que se alterasse o edital do concurso de vestibular deste ano, cujas provas estão marcadas para o dia 21 de julho.

Decisão sábia da Justiça, pois com o sistema de cotas a discriminação aumenta devido a separação que se faz do negro e do pobre. Se até hoje a luta pela igualdade das raças é árdua, não podemos dar um passo para trás nestas ocasiões. Não se soluciona deficiência educacional do povo brasileiro dando à ele uma oportunidade em seu ensino superior. E a base escolar? Não pode ser passado uma borracha em tudo aquilo que muitos não puderam ter acesso no ensino fundamental e médio.


Ao invés do Governo separar as etnias, já atribuindo à elas pré conceitos como pessoas “sem recursos” ou “diferentes”, ele deveria ceder aos cidadãos recursos de uma melhor educação desde o primeiro ano de estudo do aluno para que, na idade adulta, possa competir de igual para igual uma vaga na Universidade. Não para separar o mais inteligente do menos inteligente, mas para contemplar àqueles que se dedicaram aos estudos durante toda sua formação.

Somos povos miscigenados. Não há como separar os genes negros, pardos, brancos ou amarelos. Fazemos parte de um povo misturado por natureza.

Comentários:

O texto está bem escrito e segue a maioria das normas exigidas, mas a opinião da autora foi pouco desenvolvida e os dois links do texto não estão justificados corretamente. O primeiro, indicado por ‘edital do concurso’, direciona o leitor para uma matéria sobre a declaração do governo de que o fim das cotas pode anular o vestibular. O segundo, indicado por ‘separar as etnias’, direciona para um texto opinativo sobre o mesmo assunto debatido no texto: Fim das cotas. Ao invés de desenvolver mais a própria opinião, a autora expôs suas ideias resumidamente e colocou um link para a opinião de outra pessoa com opinião igual a dela. Além disso, a autora esqueceu de formatar o texto como justificado e não indicou que a liminar foi concedida em 2008.

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